quarta-feira, 25 de março de 2009

Quadrinhos no cinema

Gênero:Quadrinhos


O que são Quadrinhos?

A Arte Sequencial ou mais conhecida por todos como Histórias em Quadrinhos nada mais são do que desenhos em sequência que narram uma história, um poema, um conto. AS HQ´s podem ter balões contendo o texto ou pode ser meramente visual.
Além das histórias em quadrinhos serem uma forma de entretenimento elas podem ter um carater informativo. Como vemos em quadrinhos para prevençao de acidentes de trabalho, prevenção de doenças, informativos de trânsito.

terça-feira, 17 de março de 2009

O que são Gêneros Textuais?

Caro(a) Aluno(a):

A partir de agora vamos estudar os Gêneros Textuais,conceitos,utilização e importancia dentro da Língua Portuguesa.Os exemplos aqui citados servirão apenas como "norte" para seu conhecimento;cabe a você procurar Ler mais textos sobre o gênero indicado.Lembre-se:você pode contar sempre com a ajuda dos Professores do FP!


Conceito:

Gênero textual é um nome que se dá às diferentes formas de linguagem que circulam socialmente, sejam mais informais ou mais formais. Um romance é um gênero, um artigo de opinião também, um conto é um outro gênero, uma receita de bolo também é gênero textual, uma aula é gênero, uma palestra ou um debate na televisão também são gêneros textuais. Eles são a forma como a língua se organiza nas inúmeras situações de comunicação que vivemos no dia-a-dia. Gêneros textuais são língua em uso social, seja quando usamos a língua na escola, seja quando usamos a língua fora dela para nossa comunicação, seja quando usamos gêneros escritos, seja quando usamos gêneros orais. Os gêneros são língua em uso, são língua viva, são instrumentos de comunicação (http://www.cenpec.org.br)

Tenha um BOM DIA!

Supere-se!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Um Poeta Canindeense...

José da Cruz Filho

Balada da deserta estrada - Cruz Filho





Eu vinha só, pela deserta estrada
Da vida, cheia de aspereza e dor,
Onde a alma se debate atribulada,
Quando encontrei um dia o teu amor.
Parei. Ao meu olhar tanto fulgor,
Tanta paz, tanto sol, tanta magia,
Em torno a mim benigno desparzia,
Que a teus pés murmurei, cheio de unção:
– Ó deusa, que eu sonhava e pressentia,
Eu te confio a minha redenção!


Foi esse amor, esplêndida alvorada,
Acesa sob um céu todo esplendor,
Minh’alma se sentiu transfigurada,
Como Jesus, no cimo do Tabor,
Teu olhar dissipou todo o negror,
A espessa bruma de melancolia
Que o meu sonho de vida escurecia,
E, como ao Cristo, em dias que lá vão,
A redenção da terra Deus confia,
Eu te confio a minha redenção.
Tu me mostraste a deslumbrante escada,
Por onde outrora os anjos do Senhor,
Numa serena e fúlgida revoada,
Vinham tentar, o antigo sonhador.
Eu por ela subi, com o mesmo ardor
Que o visionário bíblico sentia,
E, à música interior que em mim fremia,
Dobrei o joelho sobre o coração.
– Para Deus, para o Bem dos meus passos guia...Eu te confio a minha redenção.

Um beijo - Olavo Bilac




Foste o beijo melhor da minha vida,
Ou talvez o pior...Glória e tormento,
Contigo à luz subi do firmamento,
Contigo fui pela infernal descida!
Morreste, e o meu desejo não te olvida:
Queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,
E do teu gosto amargo me alimento,
E rolo-te na boca malferida.

Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,
Batismo e extrema-unção, naquele instante
Por que, feliz, eu não morri contigo?

Sinto-te o ardor, e o crepitar te escuto,
Beijo divino! e anseio, delirante,
Na perpétua saudade de um minuto...

Mudam-se os tempos,mudam-se as vontades - Camões




Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Amor é fogo que arde sem se ver - Camões




Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer

É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É nunca contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

quarta-feira, 11 de março de 2009

Esse inferno de Amar- Almeida Garret



Este inferno de amar - como eu amo!-
Quem mo pôs n'alma... quem foi?
Esta cham que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói-
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há de ela apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonh talvez... - foi um sonho -
Em que paz tão seran a dromi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! desperatar?

Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei...

O Gondoleiro do Amor - CastroAlves



Teus olhos são negros, negros,
Como as noites sem luar...
São ardentes, são profundos,
Como o negrume do mar;

Sobre o barco dos amores,
Da vida boiando à flor,
Douram teus olhos a fronte
Do Gondoleiro do amor.

Tua voz é cavatina
Dos palácios de Sorrento,
Quando a praia beija a vaga,
Quando a vaga beija o vento.

E como em noites de Itália
Ama um canto o pescador,
Bebe a harmonia em teus cantos
O Gondoleiro do amor.

Teu sorriso é uma aurora
Que o horizonte enrubesceu,
— Rosa aberta com o biquinho
Das aves rubras do céu;

Nas tempestades da vida
Das rajadas no furor,
Foi-se a noite, tem auroras
O Gondoleiro do amor.

Teu seio é vaga dourada
Ao tíbio clarão da lua,
Que, ao murmúrio das volúpias,
Arqueja, palpita nua;

Como é doce, em pensamento,
Do teu colo no languor
Vogar, naufragar, perder-se
O Gondoleiro do amor!?

Teu amor na treva é — um astro,
No silêncio uma canção,
É brisa — nas calmarias,
É abrigo — no tufão;

Por isso eu te amo, querida
Quer no prazer, quer na dor...
Rosa! Canto! Sombra! Estrela!
Do Gondoleiro do amor.

Há palavrasque nos beijam - Alexandre O`Neill (poeta potuguês)



Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Ser Poeta - Florbela Espanca



Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

domingo, 8 de março de 2009

Poema - Lya Luft


Já não procuro a palavra exata

que me pudesse explicar:

ando pelos contornos onde todos os significados

são sutís,são mortais.

Não busco prender o momento belo:

quero vivê-lo sempre mais com a intensidade que exige a vida,

com o desgarramento do salto e da fulguração.

E me corto ao meio e me solto de mim,duplo coração:

a que vive,

a que narra,

a que se debate

e a que voa-

- na loucura que redimeda lucidez

Março - Mês da Poesia!


O Dia da Poesia "Nacional" é dia 14 de março data que marca o nascimento do Poeta brasileiro Antonio Frederico de Castro Alves;Já o "Dia Mundial da Poesia" foi promulgada pela UNESCO no dia 20 de março.
A Poesia é uma manifestação literária que se diferencia da prosa, na forma e no conteúdo. A palavra poesia é herdada do grego, "poíesis", "ação de fazer algo", pelo latim -"poese", + "-ia" que significa"criação".
Existem três tipos de poesias: as existenciais, que retratam as experiências de vida, a morte, as angústias, a velhice e a solidão; as líricas, que trazem as emoções do autor; e a social, trazendo como temática principal as questões sociais e políticas.No decorrer da semana vamos entrar em contato com esse mundo mágico da Poesia.O texto incial é da escritora gaucha Lya Luft.


Convite

Não sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério

A quatro mãos escrevemos este roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.

Feliz Dia Internacional da Mulher!!!



Somos passageiros de um lindo raio de luz que nos conduz a eternidade.
Conseguir perceber, sentir e tocar este raio de luz dourado é como manter uma comunicação permanente com nossos anjos.
Afinal de contas, os anjos são nossos verdadeiros guias e protetores, que de uma forma iluminada, nos conduzem ao entendimento, a compreensão, ao amor e principalmente, incentivam a construção de uma vida em plena harmonia com o universo.
Portanto hoje, olhe para os céus e deixe que o seu coração seja banhado por este oceano de luz que irá transformar a sua vida.
Ilumine a sua Vida com os Raios de Felicidade...
Desejo ainda um dia muito especial para Você, com muita Paz, Saúde e Prosperidade...

www.sorria.com.br

domingo, 1 de março de 2009

Centenário de Patativa


Um dos mais populares representantes da literatura de cordel Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré,se fosse vivo, estaria comemorando 100 anos de idade no próximo dia 5 de março. Patativa nasceu a 5 de março de 1909 na Serra de Santana e morreu em 8 de julho de 2002.Durante toda essa semana o município de Assaré estará em festa para marcar os 100 anos de nascimento do Poeta.
Iniciou o seu contato com a poesia a partir das cantorias.Alguns de seus poemas nasceram com música, tais como: ´A triste partida´ - gravada por Luiz Gonzaga, em 1964, transformou-se num sucesso nacional; e ´Vaca estrela, boi fubá´ - gravada por Fagner. Outras composições, em versos, foram musicadas,como: ´Sina´ ( no original, ´O vaqueiro´, e fragmentos desse poema receberam a melodia de Fagner e Ricardo Bezerra). Publicou as seguintes obras: ´Inspiração nordestina´ (1956); Cante lá, que eu canto cá´ (1974); ´Ispinho e fulô´ (1983); ´Balceiro - Patativa e outros poetas de Assaré´ (1991); ´Aqui tem coisa´ (1994); ´Cordéis´ (1999).